Em meio ao mais fervoroso debate do momento no cenário político brasileiro, a igreja ganha destaque ao defender princípios éticos e morais estabelecidos na Bíblia. Depois que o Deputado Marco Feliciano, que também é pastor evangélico de uma ramificação pentecostal, assumiu a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara, tem havido quase que diariamente um estardalhaço nas mídias. Na grande maioria dos casos, são reportagens contra Feliciano. Há uma indignação em alguns setores, que o veem como eticamente inabilitado para assumir essa comissão. Com o apoio quase que massivo das mídias o movimento gay engrossou suas fileiras com manifestações que ultrapassaram todos os limites.
O que tem sido demonstrado, e de forma cada vez mais voraz, é o apetite insaciável da militância gay em tentar destruir, dentre outras coisas, a igreja. Isso mesmo, eles querem destruir a igreja! Ninguém se engane, achando que desejam apenas obter um tratamento sem preconceito diante da sociedade brasileira, alicerçado em uma lei federal. Não, eles querem muito mais do que isso, querem silenciar a igreja. Desejam a todo custo impedir que a igreja proclame o evangelho de Cristo. Ou você acha que não existe uma guerra declarada entre o movimento gay e a igreja de Cristo? Existe, e ela está agora num ponto decisivo para ambos os lados. É exatamente por isso que o Dep. Marco Feliciano está sendo pintado como um Super-Diabo, ou você esqueceu que além de Deputado ele é pastor evangélico?
Por que o movimento gay tem tanto ódio da igreja? É simples: a igreja tem a Bíblia, e considera todo o seu conteúdo a verdade absoluta. Ela é a regra de fé e de prática das igrejas genuinamente cristãs. A mensagem do pregador (da igreja, diga-se) é extraída da Bíblia. A cosmovisão da igreja é alinhada segundo o ensino bíblico. Cada aspecto da vida de um cristão deve ser vivido segundo a direção das Escrituras.
O que tanto incomoda o movimento gay é a mensagem da Bíblia sobre esse tema. Ela é enfática em condenar a prática homossexual. Velho e Novo Testamento estão em consonância inequívoca. Alguns exemplos de textos bíblicos são necessários para embasar esta minha afirmação. Comecemos pelo princípio, por Gênesis. A escritura apresenta a história de duas cidades que foram julgadas e condenadas por Deus por seus pecados desenfreados, dentre eles, o que predominava era a homossexualidade. As cidades são Sodoma e Gomorra:
“Mas, antes que se deitassem, os homens daquela cidade cercaram a casa, os homens de Sodoma, tanto os moços como os velhos, sim, todo o povo de todos os lados; e chamaram por Ló e lhe disseram: Onde estão os homens que, à noitinha, entraram em tua casa? Traze-os fora a nós para que abusemos deles” (Gênesis 19.4-5).
Note que o desejo dos habitantes de Sodoma era “abusar” dos homens que entraram na casa de Ló. A NTLH traduziu de forma mais clara: “pois queremos ter relações com eles”. A prática homossexual em Sodoma era generalizada e comum: “… os homens de Sodoma, tanto os moços como os velhos, sim, todo o povo de todos os lados”. Sodoma era uma cidade de homossexuais. E qual foi o veredito de Deus?
“Então, fez o SENHOR chover enxofre e fogo, da parte do SENHOR, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina, e todos os moradores das cidades, e o que nascia na terra” (Gênesis 19.24-25).
Outras passagens bíblicas que trazem claramente a reprovação de Deus quanto à prática homossexual se encontra no conjunto de leis do livro Levítico. O julgamento de Deus é claro, Ele abomina a homossexualidade. A prática era passiva de pena capital dentro da comunidade de Israel.
“Com homem não te deitarás, como se fosse mulher; é abominação” (Levítico 18.22)
“Se também um homem se deitar com outro homem, como se fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o seu sangue cairá sobre eles” (Levítico 20.13).
O Novo Testamento segue no mesmo princípio anterior. O apóstolo Paulo foi taxativo em apresentar a reprovação de Deus à homossexualidade:
“Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; semelhantemente, os homens também, deixando o contato natural da mulher, se inflamaram mutuamente em sua sensualidade, cometendo torpeza, homens com homens, e recebendo, em si mesmos, a merecida punição do seu erro” (Romanos 1.26-27).
Paulo levanta algumas observações que são muito importantes:
(1) As mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas;
(2) Os homens se relacionam intimamente com outros homens, deixando o contato natural da mulher;
(3) A homossexualidade é chamada de “Erro” e merecedora de “punição”.
Essas três observações são suficientes para esclarecer que a Bíblia trata a homossexualidade como algo anormal, não natural, um tipo de perversão da natureza. O que resulta disso não poderia ser outra coisa se não a punição de Deus.
Diante disso fica claro o motivo pelo qual o movimento gay tem levantado suas armas para atacar a Bíblia e a igreja. É fácil entender a repulsa contra o Dep. Marco Feliciano, pois as suas convicções são fortemente divergentes daquelas que os militantes do movimento gay tanto exaltam. Se em lugar de Marco Feliciano, a presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara tivesse sido ocupado por um deputado defensor da causa gay, aí a conversa era outra.
Mais uma coisa é importante que fique esclarecida. Existe uma falsa ideia propagada por aí de que os cristãos odeiam os homossexuais e querem convertê-los à força. Isso não só é falso como também é ridículo. Não estamos na idade média; nossa missão como igreja, nem de longe se parece com a dos jesuítas ao se encontrarem com os índios brasileiros. O que a igreja tem feito é anunciar o evangelho de Cristo e chamar o pecado de pecado. Pregamos o evangelho aos homossexuais, assim como pregamos para qualquer pessoa. oramos por todas as pessoas, inclusive por homossexuais, mas não podemos deixar de avisá-los que eles estão em pecado contra Deus, o que também fazemos aos adúlteros, aos mentirosos, aos difamadores, aos fofoqueiros, aos idólatras, e a todos que estão em desacordo com o ensino da Bíblia. Contudo, eles tem liberdade, como todos os homens, de recusar ou aceitar as advertências do evangelho. Repudiamos abertamente todas as agressões físicas que os homossexuais tem sofrido, assim como repudiamos as agressões que mulheres sofrem, que héteros também sofrem. Agressão também é pecado.
Dito isso, é preciso que se digo algo mais, agora, à igreja. Nesse debate a igreja deve esta com seus olhos e ouvidos bem atentos a tudo que se passa. O apetite satânico contra a igreja de Cristo é voraz, sempre foi e sempre será, até o último dia. Mesmo remando numa maré que, mundialmente, parece contrária ao que a Bíblia ensina, devemos permanecer firmes nessa maré de adversidade. Isso também não deve causar espanto na igreja. O homem é caído, seus pensamentos são caídos, sua vontade é caída, sua ética é caída e sua moralidade também. Num bom e velho calvinismo, podemos afirmar que o homem é completamente depravado. Portanto, não se admire de estarmos na “contra mão” do mundo. Se esse debate não for encarado como algo vital para todos nós, o Brasil corre o sério risco de se tornar uma nova Sodoma. E nós sabemos muito bem qual foi o final da história daquela cidade.
Pr. Marcus Paixão
Compartilhe em sua Rede Social: